sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Digressões


Assisto minha vida e relato pintando com poesia e prosa. Mas não se engane pois apesar de ser narradora de minha história, eu vivo. E tomo posse. Porque há jeito de ser viver e contar, tudo ao mesmo tempo, tudo ao mesmo fôlego, na mesma voz. Sempre há jeito de se participar daquilo que se assiste e juntar a cor do que se vê,com a cor do que se vive e transformá-la em uma narração de outra cor.

Em alguns momentos eu quero só viver, em outros só narrar... Mas o fato é que a minha participação na história se torna sempre impressindível. Sem narrador a história fica cansativa. Porque provavelmente se apoiará em diálogos. E silêncios são necessários. E sem personagem o narrador perde o sentido.

E não falo de narradores do passado, esses que geralmente se vêem por aí. Falo de narradores do passado, presente e futuro! Visto que o tempo é coisa que confunde a vivência da gente. Ata e desata os nós e tempera o que tomamos por vida.

É, eu faço assim. Vivo a história que eu mesma canto. Pintada de poesia e prosa... Mergulhada numa frequente digressão.

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