terça-feira, 28 de abril de 2009

O mundo não muda. O que muda é a gente.

(Ana Luiza Miranda)
A mudança acontece da seguinte forma: Primeiro vem o desejo de mudar não-sei-o-que dentro da gente. Talvez uma roupa, ou o jeito de andar, ou quem sabe o cabelo... É o cabelo sempre é vítima das nossas vontades de mudar. Mas é lógico que o medo, essa prisão, sempre vem dizer que na verdade não precisamos mudar... Na verdade “o mundo é que tem que aceitar a gente desse jeito, afinal nós não precisamos nos dobrar aos apelos dele. Temos é que ser sinceros conosco e pronto.”

Bom, sabemos quando estamos mentindo pra nós mesmos. E o que é mais legal, mentimos mesmo assim...Mas isso já é outra coisa...O que interessa mesmo é que mentimos a nossa autenticidade, por medo.

Sim, chega uma hora que percebemos que esse não é o caminho. Aí afirmamos pro mundo: Vou mudar! E começam as listas. O que deixar de fazer, comer, vestir... Mal sabemos nós, que mudança não é deixar de fazer, é sim fazer algo a mais. Se não fosse assim a lagarta na hora de mudar apenas morria, pois que só rasteja e come. Mas não, ela escolheu voar.

Aí ficam os bobos achando que mudar é aqui do lado de fora, do lado que todo mundo vê. E começam as promessas, e as falsas mudanças. Aquelas em que a gente muda só o visual ou até mesmo algo dentro da gente, mas sempre pra alguém. Mas essas mudanças nunca duram. Não se preocupem. Coisas falsas nunca duram. Acabam-se como desenhos na areia. Ora pelo vento, ora pela água do mar. Mas se acabam. E nos resta apenas o ser nu de experiências, pobre de sabedoria e servo do orgulho.

“Você quer ter razão ou quer ser feliz?” Me perguntaram uma vez.

Estranho como os outros precisam nos acordar pra vida que passa. Mas quando acordamos de verdade é que as coisas acontecem. É quando decidimos não sermos palavras, mas sim as águas e o vento que transformam. É quando dizemos “É chegada a hora!”. E falamos pra nós mesmo, porque ninguém mais precisa saber. Ninguém mais precisa entender. Ninguém mais precisa ver as provas de nossa felicidade.

Ninguém mais.

E essa é a melhor parte das mudanças. Porque é quando a verdade se estabelece e nós nos tratamos com a maior sinceridade possível. Dói. Afinal existem pessoas que muito provavelmente por amor não nos queiram ver mudados. E sim, vão tentar impedir. Mas quando travamos uma batalha contra nós mesmos e vencemos ninguém mais nos assusta. Mudar é antes de tudo, uma decisão. E esta mais do que decidido.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Arrepio


De tão leve o toque os pêlos se ergueram de mim para ti. Pois também eles queriam te abraçar como faziam os braços.

Diálogo



-Meu celular quebrou...

-Como?

-Deixei cair dentro d'água...

(risos)

-Como você conseguiu isso?

-Problemas técnicos...

(Ainda risos)

-Não tá afim de me dar um não?

(silêncio)

-Faz assim....Vai lá fora e fica com aquele que está em cima de você...E pode ficar com as estrelas também.

(Faces vermelhas).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Crime



Quando perguntarem por onde ando
Farei da minha presença apenas mais um álibi
Pois estou em teus braços...

Felicidade II


E aprendi a juntar pequenas porções de momentos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Palavras


Elas vem numa pressa de se ajeitar no vazio.Vem desordenadas e desesperadas,como se lá dentro algo as impulsionasse pra fora com força tamanha e as obrigasse a escorrer pelas mãos,até se deitarem na página branca. Ora!É que esse desejo de preencher vazios com esse rio de letras vem da vontade soberana do coração de se esparramar no papel por inteiro.

Borboleta


 E o vento cansado de correr só,tirou uma flor pra dançar. E agora ela vive por aí pra lá e pra cá a borboletear...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Solidão


E mesmo andando em meio a essa multidão
que esbarra seus ombros nos meus tantas vezes seguidas
e me leva no fluxo de gente pra algum lugar perdido no tempo
eu não sinto nada...
Nem os ombros
Nem o fluxo
Nem a gente
Nem o tempo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sobre eles

(Ana Luiza Miranda)
O destino fabricou um fio especial e pregou uma ponta no coração dele e outra ponta no coração dela. Mas o fio tinha uma distância mínima:

A distância de um abraço.

É certo que eles não podem ficar abraçados sempre. Tem que se afastar. E dói. O coração recebe um puxão cada vez que os braços se soltam. O fio se estica ao máximo e cada batida dói, impedindo-os de esquecer a ausência. E entenderam que saudade é quando o fio que liga corações que se importam se estica ao máximo.

Que alívio quando se reencontram! Os braços se envolvem e os corações batem juntos, encostadinhos. Eles gostam do som. Não é tocado no rádio, nem famoso. Mas é só deles. Entendido apenas por eles.

Antes existia o medo de o fio arrebentar com a distância, num estalo imperceptível aos ouvidos, gritantes para a alma. Mas também existe a certeza de quem entende que coisa feita por destino não se quebra fácil. O coração acaba se fortalecendo e permanece firme quando vem aquele puxão. Sabem que sempre os olhos voltarão a se olhar, os sorrisos se abrirão, os corações se encostarão e o mundo vai ouvir a música. Melodia única, harmonia impecável e ritmo simples, porém sutil.

A música deles.

Não é tocada no rádio, nem famosa... Mas é só deles.
(dedicado à Tiago Isaac)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Felicidade


É aquilo que quanto mais se mostra,menos se tem. Porque simplesmente não é algo que deve ser mostrado, é o que deve ser visto.